Hoje desperto num exílio ardente...
E a juventude disse adeus, que apuro!
Muitas das vezes atirei semente...
Tinha esperança do triunfo, eu juro!
E ao perceber a voz do fim na mente,
vi que plantei a solidão no escuro,
e o pranto desce, é como mar fremente!
Quem sabe molhe todo o chão futuro...
E salve o dantes que o meu ser reclama
E traga alento ao coração ferido
Um novo tempo que amenize o drama
Hinos de fé, a prece ao pé do ouvido
Ao obter a luz, exaurirei a trama...
E atrás de mim... Campo de Deus, florido!
Janete Sales Dany
24/05/2020
Soneto@todos os direitos reservados