VAIDOSO, EU?

Para fcunha lima, por seu poema/comentário

Se adivinhasse que tal fato ocorreria,

Do que escrevi apagaria a metade.

Coisas que escrevi só pensando em quantidade.

Sem mesmo saber o que era poesia.

O mestre, carinhosamente elogia.

Num gesto de nobreza e amizade.

Mais por minha persistência que qualidade,

Mesmo assim a gente aceita com euforia.

E pensa cá com seus botões que é possível,

Que haja entre o que escreveu algo passível,

De receber de um mestre um elogio.

A vaidade quando chega baixa o nível.

De peito leve deita e dorme sossegado,

Até que enfim teve seu verso elogiado.

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= LAVRA PREMIADA =

Tento escolher, mas que dificuldade!

Entre os mais belos versos de um amigo,

Desde os mais velhos até o mais antigo,

Com a mais pura e total sinceridade.

Juro que não consigo em verdade,

Com certeza jamais isto consigo.

Ele não sabe, muito menos digo,

Porém irei usar toda vontade.

Pois versos lindos é o que ele tem,

Pesquiso um por um num vai e vem,

E vejo a minha busca encerrada.

No final quase morto de cansado,

Descubro que o soneto procurado,

São todos, da sua lavra premiada.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 24/05/2020
Reeditado em 08/06/2024
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