VAIDOSO, EU?
Para fcunha lima, por seu poema/comentário
Se adivinhasse que tal fato ocorreria,
Do que escrevi apagaria a metade.
Coisas que escrevi só pensando em quantidade.
Sem mesmo saber o que era poesia.
O mestre, carinhosamente elogia.
Num gesto de nobreza e amizade.
Mais por minha persistência que qualidade,
Mesmo assim a gente aceita com euforia.
E pensa cá com seus botões que é possível,
Que haja entre o que escreveu algo passível,
De receber de um mestre um elogio.
A vaidade quando chega baixa o nível.
De peito leve deita e dorme sossegado,
Até que enfim teve seu verso elogiado.
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= LAVRA PREMIADA =
Tento escolher, mas que dificuldade!
Entre os mais belos versos de um amigo,
Desde os mais velhos até o mais antigo,
Com a mais pura e total sinceridade.
Juro que não consigo em verdade,
Com certeza jamais isto consigo.
Ele não sabe, muito menos digo,
Porém irei usar toda vontade.
Pois versos lindos é o que ele tem,
Pesquiso um por um num vai e vem,
E vejo a minha busca encerrada.
No final quase morto de cansado,
Descubro que o soneto procurado,
São todos, da sua lavra premiada.