Horas tortuosas
Naquelas horas, tortuosas…
Assentes em palavras maliciosas,
Agitam-se, tais fartas cabeleiras esguedelhadas,
As velhas árvores, indignadas…
O sol esconde-se, envergonhado…
O vento assola, assanhado
E as nuvens, acomodam-se no céu,
Cobrindo-o… tal negro véu!
Minha alma se inquieta, se agita
Martirizada, em silêncio, por auxílio grita,
Forrando meus olhos d’água!
Oh coração maltratado! Não chores,
Não te agites, não implores!
São vãos, teus mudos gritos de mágoa!
Fátima Rodrigues