Contínuo relativo
Eu caminho no tempo que voa
Como voam as vãs esperanças
Passo a passo então se enevoa
O passado de mistas lembranças
Sublimando entre glória e sarjeta
É o contínuo relativo do humano
Que abjeto, sentimentos dejeta
Iludido pelo tempo tirano
Como peão que percorre sem volta
O tabuleiro da vida envolta
Sempre em risco e contradição
Nasce o homem fadado a morrer
Sem ter tempo de enfim conhecer
Na existência qual é sua missão