APENAS UM ABRAÇO
Não quero nada; apenas um abraço;
me sinto muito frágil e carente;
esqueçam o que eu digo e o que eu faço;
quero um abraço cálido somente.
Quero que alguém penetre meus espaços
de dor e sofrimento; experimente
envolver meu desânimo oprimente
com a força e o calor de seus dois braços;
quando me envolvem para me abraçar:
a situação aflita se dissolve
e surge um novo alento em seu lugar.
É o abraço, de amor, terna expressão.
Será por isto que ele nos envolve
à altura do próprio coração?
Diógenes Pereira de Araújo