Parado na mesma estação

E agora que o último fio de esperança já se foi

Agora que o pôr do sol antecede a tormenta

Nem mais uma ilusão minha mente inventa

Não espero nada, não existe nada pra nós dois

O frio está em mim e eu sou ele e dele, pois

Nenhum elogio ou bom dia me acalenta

Nem cobertor nem raio de sol já me esquenta

Meu mundo para e não há futuro nem depois

Eu estagno e observo inerte a toda a vida

Tudo passa por mim, todos estão de partida

Tão longe e perto estou de tudo ao meu redor

Aceno para alguém que está em despedida

Os olhos denunciam minha'lma dividida

Minha garganta aperta com o laço do teu nó