SOU SÓ METADE!
Sou a onda do mar na praia, poderosa,
que encontra o rastro na areia fina.
Brilho do sol que acalenta e alucina,
e o caminho da estrela sinuosa...
Sou amante das madrugadas, ardilosa,
caminho errante nas estradas, clandestina.
O canto triste de uma ave de rapina,
que cruza os céus do horizonte, cuidadosa!
Sou a metade do que fui – o que eu queria
era encontrar-me, toda hora, por inteiro,
sem ter no peito essa cruel melancolia...
Poder voar, saboreando a liberdade...
Ser da felicidade eterno mensageiro
e desvendar os mistérios da imensidade!
(Milla Pereira)
Sou a onda do mar na praia, poderosa,
que encontra o rastro na areia fina.
Brilho do sol que acalenta e alucina,
e o caminho da estrela sinuosa...
Sou amante das madrugadas, ardilosa,
caminho errante nas estradas, clandestina.
O canto triste de uma ave de rapina,
que cruza os céus do horizonte, cuidadosa!
Sou a metade do que fui – o que eu queria
era encontrar-me, toda hora, por inteiro,
sem ter no peito essa cruel melancolia...
Poder voar, saboreando a liberdade...
Ser da felicidade eterno mensageiro
e desvendar os mistérios da imensidade!
(Milla Pereira)