Pra que fingir
Amo-te loucamente, amo-te sem medida
E de amar assim, fico preso a ti, sem vontade.
Derramo aos teus pés minhas lágrimas doloridas,
Ainda na distância, te sinto na dor da saudade.
Amo-te alegre, amo-te como nunca alguém amou,
Com um amor que me faz senhir, depois escravo.
No silêncio do quarto, busco viver com o que restou,
Rio, choro, deixo de ser forte e me torno fraco.
Pra que fingir, se apenas mentir é o meu alento
E assim me penho pelo avesso, me desfaço,
À margem do abismo, desse inferno que é amar?
Perdo-me outra vez na distância, no desencanto e desalento,
De te buscar em vão, na dor da solidão, me cosonme o cansaço,
Ao fim da busca, resta-me apenas um sentimento, charar!