Utopias
Edir Pina de Barros
 
Do vírus somos tod@s meras presas
marcad@s pela morte, pandemia,
sem liberdade -  luz da poesia –
tempos obscuros,  tempos de tristezas.
 
Difícil versejar as asperezas
de um tempo sem se crer no que se cria,
um mundo sem prazer, sem utopia,
carente de  esperança e de certezas.
 
Mas tudo passará – pois tudo passa –
não ficará, do fogo, nem fumaça,
e a vida seguirá seu rumo incerto.
 
Há de surgir da lágrima que embaça
o nosso olhar – qual chuva na vidraça –
oásis de esperanças no deserto.


Academia Brasileira de Sonetistas - ABRASSO
Cadeira n° 6 - Patrona – Cecília Meireles
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/05/2020
Reeditado em 27/07/2020
Código do texto: T6948825
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