O DESCONFINAMENTO
“Não há duas sem três”
Emergência, calamidade, desconfinamento,
Não há duas sem três em qualquer pandemia,
Nesta já depressiva e transitória abulia
Na primavera do nosso descontentamento.
A Crise já vai longa e, mais longo, o acrescento
Do estado de ansiedade que aumenta dia-a-dia,
Bem assim a irritabilidade e falta d´ energia
Que cada um de nós sente a cada momento…
Regras são mais que muitas e aperta-se o freio
Dos apetites vãos, ainda que diminutos,
Se bem que esperemos recolher os frutos
Se, todavia, não houver tremura nem receio.
A calamidade, sim, é mesmo universal
E o verdadeiro vírus habita à nossa frente…
Já basta de insónias em quem é descrente
E falta de apetite no humor essencial.
Haja desconfinamento… e menos mascarada
E – como, cá pra nós, não há duas sem três –
Hão-de aparecer soluções para cada freguês…
Cuidemo-nos, pois, qu´ esta Crise irá dar em nada!
Frassino Machado
In ODIRONIAS