Amor maldito!
Voe alma derradeira, sombreie teus amores...
Rainha com coroa em sombras, ruínas a beira de um amor.
Fuja amante infiel, esconda teu segredo, teu horror.
A fuga é tua escolha, na lança da tua espada teus penhores.
Dúvidas invadem teu sangue sagrado num pesadelo de morte.
Um legado perdido, em escombros se faz tua alma agora!
Traga tua dor num cálice de sangue pela desonra em tua corte,
grite tua lenda pelos bardos entoada terra afora!
Renasça a lenda da paixão a espera do desejo encantado,
morte colhida na cobiça entrelaçada da luxúria.
Rainha maldita cuja desdita foi fazer do amor: pecado!
Sinta tua morte manchada de sangue do guerreiro e teu irmão,
cujo fruto amaldiçoado não nasceu, foi natimorto sepultado.
E tu, bela rainha tem cantada tua estória sem perdão!