ESCUMALHA DESUMANA
Numa senda ao fim do poço
Segue a escumalha sangrenta.
A pandemia mais aumenta
– E haja gente com tal troço!
Se economia mais importa
Que saúde e gente viva,
Nessa escolha alternativa
Está escancarada a porta...
Conclamando o ser calado,
De sorriso morto e inválido:
– Trabalhar morrendo rápido
Ou lento morrer parado?
Lavar as mãos nesse mangue
É, sim, lavá-las com sangue.
Salvador, 11/05/2020.