AMÉLIA

Amélia! Dos cabelos negros e seios convidativos dos meus lábios!

Dos olhos verdes, cintilantes, onde brota consigo o paraíso

Ah... Quisera eu estar contigo sendo protagonista do teu riso

Relembrando nossa infância e nossos desejos, agora despedaçados!

Amélia! Das formas alvas e macias da pele, sabor doce do prazer!

Da face luzidia, voluptuosa e afável, quisera eu estar contigo

E nos soluços do teu gozo de minha língua debaixo do teu umbigo

Florescer nosso antigo amor, esquecido, sob às luzes do querer!

Num cântico de saudade se empalideceram contigo os meus sonhos

Apenas ilusões desfeitas sob o contemplar de nossos olhos...

Não! Oh... O que deveras restou? apenas no meu peito a dor!

Sim! Oh... Posso aceitar a imaturidade, a distância... Ah!...

Mas não! Não o receio! Amélia, eu nunca tive medo de te amar

Eu tive medo de tudo que cultivei por você não fosse amor!

Alcântara de Suede
Enviado por Alcântara de Suede em 14/05/2020
Código do texto: T6946901
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