AMÉLIA
Amélia! Dos cabelos negros e seios convidativos dos meus lábios!
Dos olhos verdes, cintilantes, onde brota consigo o paraíso
Ah... Quisera eu estar contigo sendo protagonista do teu riso
Relembrando nossa infância e nossos desejos, agora despedaçados!
Amélia! Das formas alvas e macias da pele, sabor doce do prazer!
Da face luzidia, voluptuosa e afável, quisera eu estar contigo
E nos soluços do teu gozo de minha língua debaixo do teu umbigo
Florescer nosso antigo amor, esquecido, sob às luzes do querer!
Num cântico de saudade se empalideceram contigo os meus sonhos
Apenas ilusões desfeitas sob o contemplar de nossos olhos...
Não! Oh... O que deveras restou? apenas no meu peito a dor!
Sim! Oh... Posso aceitar a imaturidade, a distância... Ah!...
Mas não! Não o receio! Amélia, eu nunca tive medo de te amar
Eu tive medo de tudo que cultivei por você não fosse amor!