À CONTRAMÃO
Quisera dos teus versos ser a rima
Quem sabe estar escrita de dourado
Começo, meio e fim, embaixo e em cima
Cadenciando com teu lindo fado.
Lembranças dos momentos duma estima
Quem dera para sempre ali gravados
Do que não fora amor, não gerou clima
Nos nossos corações desencontrados.
Não ter o privilégio nos teus versos
Abate, mas não mata este poeta
Que pelo teu amor ainda prima.
Quisera unir os nossos universos
Quem sabe à contramão atinja a meta;
Serás, pois dos meus versos sempre a rima.
Grato, belíssima interação:
Nas lembranças eu me perco sem tardança,
não vingou o clima que se percebia,
talvez fosse eu muito criança...
Sinto agora que a rima se inicia.
(HLuna)