ETERNIDADE DOS DIAS
Pudesse tua boca derramar as mágoas:
Frêmita dor que teu coração padece!
E nos teus olhos fulgurar celeste:
O brilho do anjo e suas asas!
Pudesse teus lábios cantar à lira!
Teu coração planar no céu de ventura
Sair do arcabouço de sua fenda escura
E vicejar, altivo, ao canto da cítara!
Meiga e singela! Não vês que sofres?!
Por outro não cultivas o sentimento...
Vamos! Venhas comigo longe dos tormentos!
O mundo é tão grande! Veja o firmamento...
Viveremos o sonho das harmonias: fujamos -
Esta noite rumo à eternidade dos dias!