LEMBRANÇAS ESMAECIDAS
A solidão, se estabelece moradia
No coração, parece que há de ser eterna,
A alma chora a amarga lágrima interna,
Que, sem rolar na face, torna-se poesia...
O dom do amor, mais do que adormece, hiberna,
Sufocado, reprimido, dia após dia,
Somente o som do verso alado o auxilia
A viver a clausura escura, qual caverna...
O vento, porém, varre as sobras da amargura,
Leva a longínquas paragens o sofrimento,
A fim de dar lugar a novas esperanças...
E, da desilusão ficam vagas lembranças
Esmaecidas, libertando o pensamento,
Que, aos poucos, de todo o seu sofrer, se cura.
Bom dia, amigos.
Ótima quarta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.
Obrigado, Helena, pela belíssima interação.
DESESPERO
Muitas vezes sinto a lágrima no rosto,
quarentena, me dá pena, só desgosto,
o que faço tão sozinha, sem abraços?
Diversão e passatempos são escassos.
O vento sopra, sopra empedernido,
esperanças que deixaram só lembranças,
se perderam, ah Senhor, tudo esquecido.
Vago só, sou errante em meu caminho,
não há flores, sequer cantam os passarinhos.
Vida, vida, me concede a contradança.
(HLuna)
Obrigado, Hull, pela excelente interação.
Lágrima morna rolou
na face empalidecida
é a doçura que ficou
da mocidade vivida.
(Hull de La Fuente)