LEMBRANÇAS ESMAECIDAS

A solidão, se estabelece moradia

No coração, parece que há de ser eterna,

A alma chora a amarga lágrima interna,

Que, sem rolar na face, torna-se poesia...

O dom do amor, mais do que adormece, hiberna,

Sufocado, reprimido, dia após dia,

Somente o som do verso alado o auxilia

A viver a clausura escura, qual caverna...

O vento, porém, varre as sobras da amargura,

Leva a longínquas paragens o sofrimento,

A fim de dar lugar a novas esperanças...

E, da desilusão ficam vagas lembranças

Esmaecidas, libertando o pensamento,

Que, aos poucos, de todo o seu sofrer, se cura.

Bom dia, amigos.

Ótima quarta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Obrigado, Helena, pela belíssima interação.

DESESPERO

Muitas vezes sinto a lágrima no rosto,

quarentena, me dá pena, só desgosto,

o que faço tão sozinha, sem abraços?

Diversão e passatempos são escassos.

O vento sopra, sopra empedernido,

esperanças que deixaram só lembranças,

se perderam, ah Senhor, tudo esquecido.

Vago só, sou errante em meu caminho,

não há flores, sequer cantam os passarinhos.

Vida, vida, me concede a contradança.

(HLuna)

Obrigado, Hull, pela excelente interação.

Lágrima morna rolou

na face empalidecida

é a doçura que ficou

da mocidade vivida.

(Hull de La Fuente)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 13/05/2020
Reeditado em 17/05/2020
Código do texto: T6945783
Classificação de conteúdo: seguro