Ciclos (84)
Não faz mal que demores! Eu te espero,
enquanto não me vens renascem flores,
as relvas recuperam seus verdores,
viceja o meu amor que é puro e vero.
Espero. E nada sinto - mágoas, dores –
porque te quero tanto e assim te quero,
de um modo tão profundo e tão sincero,
que estou sempre ao teu lado aonde fores.
O dia espera a noite ir-se embora,
o sol, a chuva que soluça e chora,
e a noite cede ao dia o seu lugar.
O tempo também tem seus atributos,
e amadurece, sempre, os verdes frutos,
que os pássaros, famintos, vêm bicar.
Não faz mal que demores! Eu te espero,
enquanto não me vens renascem flores,
as relvas recuperam seus verdores,
viceja o meu amor que é puro e vero.
Espero. E nada sinto - mágoas, dores –
porque te quero tanto e assim te quero,
de um modo tão profundo e tão sincero,
que estou sempre ao teu lado aonde fores.
O dia espera a noite ir-se embora,
o sol, a chuva que soluça e chora,
e a noite cede ao dia o seu lugar.
O tempo também tem seus atributos,
e amadurece, sempre, os verdes frutos,
que os pássaros, famintos, vêm bicar.