MADRUGADA

Silêncio das estrelas! Madrugada!

os astros só acordam nessas horas;

A noite até me assusta, me apavora,

assim, linda demais, tão estrelada!

Avisto a imensidão e não sou nada;

um pingo, um grão, um qualquer que triste chora!

Estou preso a esta visão tão encantada;

aguardo ver os tons e a luz da aurora...

Reparo nas alturas mais profundas;

A cúpula celeste e suas rotundas

repletas de luzeiros tendo a Lua...

Na porta do quintal, baixinho eu choro;

olhar o Céu de noite, eu tanto adoro;

Nos olhos as estrelas e a alma nua...

Arão Filho

São Luís-MA, 11 de maio de 2020.