SE EU QUISER...
Oh! Jardim sem fronteiras é esse mundo sangrento,
E como voar de flor em flor, sem a tal liberdade?!
Para todos os lugares que olho somente crueldade,
Horrores de uma íntima prisão... Sem livramento!
Vis fronteiras de um mundo, sem flores no jardim,
Onde o sangue é a moeda, quanto custa o poder?
A ambição, arrogância, motivos para um motim...
De tudo o que se quer... Nada, nada se pode ter!
Na fronteira da vida, há um jardim... Com flores,
Pobres pétalas mortas! Apesar de todos os amores!
Se eu quiser mesmo ser como um passarinho e voar,
Devo assumir o risco, as pedras podem me matar...
Pobre fronteira da vida, sem vida, mundo, tristeza!
Futuro, a vida desse jeito? Não tenha tanta certeza.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 25.02.2014
21h45min [Noite]
Estilo: Soneto