CALANGO CEGO...
[Para o meu primo e amigo de "caçada" desde menino,
Raimundo Camilo Lima - o Rai - gente boa demais!]
Os calangos eram bonitos, verdes, vistosos...
Andavam ali pelas veredas elegantemente!
E eu a persegui-los em caminhos pedregosos,
Vibrando sempre na caçada, mas ofegantemente.
Tinha até um que morava no quintal da vovó,
E que apelidamos de compadre Tijubina!
Coisa própria de menino, imaginação e só...
Afora uma quantidade na casa de tia Umbelina.
Nós temíamos apenas um, o calango cego!
Fino, liso e rápido demais! Esse era perigoso!
Particularmente eu mijava de medo, não nego...
Pois eu sabia que o bicho feio, era venenoso.
O restante a gente resolvia com uma baladeira!
Sempre no pescoço, pra nós, a arma verdadeira.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 22.06.09