Soneto misantropo

Homem! Mísero macaco!

Te achas importante,

Do universo, o centro fumegante

Não passas de vácuo!

Tua amada sabedoria

É devorada por tua própria ignorância,

O teu cheiro me dá ânsia

De regurgitar minha pouca alegria.

Entretanto, ainda sorris

Dessa tua triste fortuna.

Não tens utilidade alguma,

És efêmero como a bruma,

Descartável, como num açougue o suíno infeliz,

Ainda assim, fútil sombra, tu ainda sorris…

O Bêbado
Enviado por O Bêbado em 08/05/2020
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