Soneto misantropo
Homem! Mísero macaco!
Te achas importante,
Do universo, o centro fumegante
Não passas de vácuo!
Tua amada sabedoria
É devorada por tua própria ignorância,
O teu cheiro me dá ânsia
De regurgitar minha pouca alegria.
Entretanto, ainda sorris
Dessa tua triste fortuna.
Não tens utilidade alguma,
És efêmero como a bruma,
Descartável, como num açougue o suíno infeliz,
Ainda assim, fútil sombra, tu ainda sorris…