QUE SEJAS TU...

Em ti vejo tudo o que é eterno

e teu ser é luz resplandescente;

és como uma estrela, incandescente,

que me desvenda os agravos do inverno.

P'ra mim és o arcanjo sempiterno

de um espaço-tempo inexistente;

emerges de um amor que me consentes,

divinizando o céu do meu inferno.

Tu'alma é um olimpo magestoso,

sem o anelo falso da vaidade;

és a bênção da alvorada que fulgura.

Renuncias a ti, meu ser ditoso,

por meu efêmero amor, minha maldade?

Toma-me, então; sejas tu minha ventura!

Chaplin, FRC

Chaplin
Enviado por Chaplin em 14/10/2007
Reeditado em 23/10/2007
Código do texto: T694149