QUE SEJAS TU...
Em ti vejo tudo o que é eterno
e teu ser é luz resplandescente;
és como uma estrela, incandescente,
que me desvenda os agravos do inverno.
P'ra mim és o arcanjo sempiterno
de um espaço-tempo inexistente;
emerges de um amor que me consentes,
divinizando o céu do meu inferno.
Tu'alma é um olimpo magestoso,
sem o anelo falso da vaidade;
és a bênção da alvorada que fulgura.
Renuncias a ti, meu ser ditoso,
por meu efêmero amor, minha maldade?
Toma-me, então; sejas tu minha ventura!
Chaplin, FRC