inquietação...

Não sei por que fui te deixar, Teresina, meu amor!

Na beira do rio Parnaíba, pescando, ao sol se pôr...

Nadando até a coroa, ou apenas sentindo o fragor,

Olhando para a ponte velha, vendo-a mudar a cor...

As canoas e seus pescadores, aquelas lavandeiras,

Deus, que angustia de alma, que saudade dolorida!

Ao volver a mente ao passado... Morros, ladeiras...

Meu querido bairro Matinha, quanta gente querida!

Hoje sofro! O não poder caminhar ali descalço, a bola,

As brincadeiras de esconder, as pega de passarinhos!

Correndo com medo de apanhar, dos colegas da escola...

Ir passo a passo pela avenida Maranhão, pelo pontilhão,

Na mata, que nem existe, ver os ninhos dos passarinhos!

Tudo isso me faz, até hoje, bater tristemente o coração.

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 06.02.2013

17h50min [Tarde]

Estilo: Soneto