OLHARES
Quando nossos olhos se encontraram,
Soube que algo a mais pairava nos ares.
Várias vozes que se acumularam;
Silenciaram este, entre outros pares.
No vazio bar em que nos encontrávamos,
Destacou-se teu sorriso perdido.
Será que de fato nos aclamávamos?
Indaguei, já sentindo-me abatido.
Conversa fluía, risos nasciam
E tu fugias do real apodrecido,
Deixando-me, porque te seduziam.
Confuso neste dislate ridículo,
Teus olhos a dúvida matariam,
Mesmo sútil, seu amor acumulo.