O Boêmio
Teu ébrio e devasso coração,
E teu fígado inflamado,
Gozam de um riso convulsionado
Pelo esquife, que reserva à maldição!
No antro de teu belicoso pulmão
Há um verme que guerreia inflado
Montado n'um cavalo, acavalado
E guerreia cego e malsão!
Embriagado de rum
Vives como um párea incomum:
Escravo da noite e do desejo!
E anda, no tropel da noite
Em busca de um cabaré que o acoite
E uma moça que forneça um beijo!