Eu, a Verdade
Chamam-me a Verdade. Seja eu quem for,
Muito longe estou de toda espúria crença,
Pois essa verdade de algo em que se pensa
Só contém a luz do próprio Pensador!
Chamam-me a Verdade, e o que vejo é dor
Na sangrenta luta que se estende – imensa
Defendendo a ideia de minha presença
Em qualquer caminho que se queira impor!
Mas estou no altar da mística Unidade,
Onde todo credo é fonte de bondade,
E o amor se torna a própria religião!
Me rendendo, enfim, à mente iluminada,
Onde o Pensador bateu em retirada
Só restando o Eu que vive a imensidão!