Eu, a Verdade
 
Chamam-me a Verdade. Seja eu quem for,
Muito longe estou de toda espúria crença,
Pois essa verdade de algo em que se pensa
Só contém a luz do próprio Pensador!
 
Chamam-me a Verdade, e o que vejo é dor
Na sangrenta luta que se estende – imensa
Defendendo a ideia de minha presença
Em qualquer caminho que se queira impor!
 
Mas estou no altar da mística Unidade,
Onde todo credo é fonte de bondade,
E o amor se torna a própria religião!
 
Me rendendo, enfim, à mente iluminada,
Onde o Pensador bateu em retirada
Só restando o Eu que vive a imensidão!
 
Walter S Barbosa
Enviado por Walter S Barbosa em 05/05/2020
Reeditado em 16/07/2020
Código do texto: T6938144
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