JANELA DO PASSADO
[Para o meu amigo Samuel Evangelista do Nascimento,
que desde eu ainda menino, ele mora no meu coração,
pra sempre]
Estou fechando a janela do passado, definitivamente!
Foram em vão minhas tentativas de reabri-las, pena...
O fiz descuidado, confesso, como que institivamente!
Passado é só para os poetas que vivem a vida plena...
Não para mim, não sou poeta! Sou interplanetário...
De um infinito espaço sideral, não sei nem o começo!
Quis resgatar os que não tiveram infância, fui solitário...
Pobres miseráveis sem memória! Não mais os conheço!
Fecho a janela do passado para não mais me aborrecer,
Não achar nos odes das lembranças, gotas pra eu morrer.
Fui um tolo, imaginei que o mesmo sentimento em mim,
Fosse o de todos com quem vivi e amei um dia... E assim...
Fecho com lágrimas a janela do passado, mas sem mágoas,
Sentimentos não se fabricam... Eles nascem como as águas.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 05.08.2014
20h13min [Noite]
Estilo: Soneto