Solo

Bairrismo crônico fluindo...

Seu rio enegrecido e secreto

Sepultado foi por jardins de concreto.

O que restou, um lívido pôr do sol luzindo!

Escuro horizonte, futuro findado...

Um abraço solene da miséria urbana,

Nossa ancestralidade cessa, não mais soberana.

O novo solo foi rasgado e transformado!

Retratos em sépia, sem foco...

O que foi provido?

Não germinou no passado oco.

A chegada do fim, em um ribombar.

Desmoronou, sem ruído,

Sem estrondo... Foi-se meu lar!