Viver
Edir Pina de Barros
Em meio à reclusão versejo e canto
porque cantar abranda a distopia,
a privação de tudo o que se cria,
o que nos causa tanta dor, espanto.
Eu vejo em toda parte (e vejo tanto),
a tirania, o ódio e a barbaria,
um mundo sem amor, sem poesia,
que em cada verso aqui planto e replanto.
Porque viver não é calar o grito,
ou se omitir diante da injustiça,
ou aceitar o dito pelo dito.
A vida está na força que se iça
para vencer o ódio, que é maldito,
fazer valer o amor que dentro viça.
Academia Brasileira de Sonetistas - ABRASSO
Cadeira n° 6
Patrona – Cecília Meireles
Edir Pina de Barros
Em meio à reclusão versejo e canto
porque cantar abranda a distopia,
a privação de tudo o que se cria,
o que nos causa tanta dor, espanto.
Eu vejo em toda parte (e vejo tanto),
a tirania, o ódio e a barbaria,
um mundo sem amor, sem poesia,
que em cada verso aqui planto e replanto.
Porque viver não é calar o grito,
ou se omitir diante da injustiça,
ou aceitar o dito pelo dito.
A vida está na força que se iça
para vencer o ódio, que é maldito,
fazer valer o amor que dentro viça.
Academia Brasileira de Sonetistas - ABRASSO
Cadeira n° 6
Patrona – Cecília Meireles