AME
Esse teu frio de louça há de ser falso,
Ninguém no seu normal reage assim;
Indiferente ao toque no cetim
E aos galanteios meus ao teu encalço.
Sussurro ao teu ouvido, enquanto valso,
As mais belas poesias... Nem assim!
Beijo-te, e tu retocas o carmim,
Nem vês, me sinto nu, de pé descalço.
Ouça meu coração, talvez quem sabe;
O gelo desse teu, tão insensível...
Comece a derreter e se derrame.
Sinta que o desamor já não te cabe,
E que o amor que tu tens está visível,
Só tu que não o vês, invoque-o, e ame!