O ÚLTIMO DESEJO
Desejo que venha a morte e já,
Que neste Mundo vil não sou amado,
Ando praqui muito mal estimado,
E vivo nesta vida, nesta vida má.
A dor é tamanha como aculá,
Neste universo perdido e queimado,
Onde m'encontro já alvejado,
Triste, amargurado, revoltado lá.
A vida nunca foi tão boa pra mim,
desde criança, que passei martírios,
por causa de mim, de ser mesmo ruim.
No entanto eu sinto nestes calafrios,
E viver prisioneiro toda a vida, pois,
já chega, venha a liberdade e depois?
LUÍS COSTA
14/04/2004