SONETO(042)
Onde estás ó pequena-grande selvagem?
Em que caminhos eu poderei te encontrar?
Porque é que não mandas uma mensagem
Para que o silêncio não persista a contristar?
Porque, morena, tens no olhar persistente,
As névoas de profundas feminis abstrações?
Porque abrigas frieza no peito, que não sente,
O que sai das entranhas das minhas expansões?
Há quem te julgue amiga, pelo teu sorriso;
Há quem te julgue pelo teu olhar, meu bem,
Como que edificando um negro cadafalso...
Não sabes tu que para te julgarem bela flor,
É preciso regar-te com a calmaria do prazer?
Ei, cega? Careço de algo muito enternecedor.
Nova Roma do Sul-RS, em 26 de Julho de 2019.