A GENTE INFELIZ
A GENTE INFELIZ
Vejo tanta gente inf’liz
Muitos a morrer de fome,
Cá dentro deste nosso País
Porque o Povo não come.
E a burguesia, como se diz,
A morrer de muita fartura
Até á cinta e mesmo altura,
Dum pobre povo inf’liz.
E o Povo, coitado sente
Que de verdade é gente
E vive neste nosso País.
E o País anda muto indif’rente,
Sem medo, mesmo todo contente,
E a gente do Povo é a raiz.
LUÍS COSTA