SONETO A JOÃO MACHADO
SONETO A JOÃO MACHADO
BETO MACHADO
Todo calo que eu contava
Nas minhas mãos, antes lisas,
Traziam as digitais
De um calejado João.
Que me apontava o caminho
Mais reto em busca do pão,
Dos calçados, das camisas,
Das coisas do coração.
E, agora, essa longa estrada
Por ele pavimentada,
Me leva de sul a norte.
Com mais fé e menos sorte.
Sempre sob as mãos divinas
No madeiro cravejadas.