SONETO A JOÃO MACHADO

SONETO A JOÃO MACHADO

BETO MACHADO

Todo calo que eu contava

Nas minhas mãos, antes lisas,

Traziam as digitais

De um calejado João.

Que me apontava o caminho

Mais reto em busca do pão,

Dos calçados, das camisas,

Das coisas do coração.

E, agora, essa longa estrada

Por ele pavimentada,

Me leva de sul a norte.

Com mais fé e menos sorte.

Sempre sob as mãos divinas

No madeiro cravejadas.

Roberto Candido Machado
Enviado por Roberto Candido Machado em 30/04/2020
Código do texto: T6932987
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