MURALHAS ANDANTES
O humano cimento se move à agonia;
na face palhaça, expressões idiotas;
sequer se percebe afogado em derrotas,
a empáfia cegou-lhe a verdade sombria.
Em vão ziguezague, costura-se ao dia,
cerzido a razões e atitudes ignotas;
estende carências a intérminas rotas,
na insatisfação infinita que o guia.
Nas glórias escassas, desonra se enxerta,
em vis e covardes e insanas batalhas,
que o obrigam, zumbi, a estourar-se em alerta.
Incerto, se guarda, por medo, em muralhas
e mais se apavora na essência deserta
do alheio, ou de si, de quaisquer dos canalhas.