TÉRMINO
TÉRMINO
O tempo que eu levei até a porta
Não foram só segundos; foram anos…
Imensas esperanças, ora enganos,
Passam diante dos olhos na hora absorta.
Eu escrevi, decerto em linha torta,
Um bilhete sem culpas e sem planos,
Mas cheio dos adeuses mais mundanos
De quem há muito tempo não se importa.
Parto para onde houver algum futuro,
Para não mais passar nosso presente
Vivendo com excesso de passado…
E embora tudo seja tão obscuro
E novo… Sei quanto há à minha frente
Mais do que temos sido lado a lado.
Betim - 29 04 2020