SEM DESPEDIDAS
Que horas infindas, amargura impiedosa
Voei tão alto, para então, cair tão fundo
Restou-me a dor, do vazio, sem teu mundo
Os versos escritos de minh'alma chorosa
Esperei por ti, dias, noites, não voltaste!
O amor que nasceu de uma sementinha
Tão pequena, desejando tu'alma na minha
E já quase sem vida, pálido, sem contraste
Finou em ti todos os sonhos; amor meu
O céu antes, remanescente, escureceu
Não houve tempo para sutil despedida
Sem bagagens, arrefeceu-se, sozinho!
Somente as flores cobriram teu caminho
Deixando apenas: tua saudade presa a mim