SEM DESPEDIDAS

Que horas infindas, amargura impiedosa

Voei tão alto, para então, cair tão fundo

Restou-me a dor, do vazio, sem teu mundo

Os versos escritos de minh'alma chorosa

Esperei por ti, dias, noites, não voltaste!

O amor que nasceu de uma sementinha

Tão pequena, desejando tu'alma na minha

E já quase sem vida, pálido, sem contraste

Finou em ti todos os sonhos; amor meu

O céu antes, remanescente, escureceu

Não houve tempo para sutil despedida

Sem bagagens, arrefeceu-se, sozinho!

Somente as flores cobriram teu caminho

Deixando apenas: tua saudade presa a mim

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 27/04/2020
Reeditado em 27/04/2020
Código do texto: T6930538
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