Cantemos, ó, poetas
Edir Pina de Barros
Que seja o amor o lema que garanta
em meio a tal barbárie, o tom da escrita
que anule todo ódio e não se omita
perante a dor do Outro, vária, tanta.
Que não se cale o grito na garganta
daquele que tem fome e a rua habita,
da mãe, ao ver o filho morto e aflita
blasfema quem se cala ou não se espanta.
No breu dos tempos ásperos, adversos,
risquemos, ó, poetas, novos versos
que louvem sempre a luz da Primavera.
Que seja o amor o gume do punhal
que estirpe a ira e o ódio tão brutal
que a tanta gente abate, desviscera.
Edir Pina de Barros
Que seja o amor o lema que garanta
em meio a tal barbárie, o tom da escrita
que anule todo ódio e não se omita
perante a dor do Outro, vária, tanta.
Que não se cale o grito na garganta
daquele que tem fome e a rua habita,
da mãe, ao ver o filho morto e aflita
blasfema quem se cala ou não se espanta.
No breu dos tempos ásperos, adversos,
risquemos, ó, poetas, novos versos
que louvem sempre a luz da Primavera.
Que seja o amor o gume do punhal
que estirpe a ira e o ódio tão brutal
que a tanta gente abate, desviscera.