Abrigo...

 
Feliz pensei ter encontrado um bom abrigo
Minha voz interior ascendeu aquele alerta...
Para sair do torpor em situações complexas
Só mais um desafeto em que me contradigo...

Faço alusões num reluzir de amoroso sonho
Em verdejantes campinas orvalhadas eu piso
Sigo o zumbir das abelhas, néctares explosivos
Num adocicar acariciante, perplexo e risonho.

O cântico dos pássaros são sonoros e abrigam
O despontar das estrelas embevece o anoitecer
Saudades incontroláveis e lágrimas no escurecer.

Silêncios noturnos, introspecções que aninham
Nos sonhos desencontrados o coração padece
No abrigo das deliciosas ilusões, jamais se esquece.



 
 
Texto: Miriam Carmignan
Imagem Google