EIS O HOMEM!
De branca argila fez a ossatura,
E no barro concentrou seus esforços,
Pra fazer a carne forrando os ossos,
Esboço de arcabouço e estrutura.
Fez os tendões e a musculatura,
Então fez os vasos finos e grossos,
Onde o sangue, como a água dos poços,
Corre livre e a vida assegura.
No peito, colocou com muito jeito,
Aquele músculo mais que perfeito,
Que todos chamamos de coração.
E por fim, num espaço oco e estreito,
As portas e janelas dos sentidos:
Os olhos, boca, nariz e ouvidos.