CONTÍNUOS ESPIRAIS
Vai... Deslizando sobre as dunas da ilusão...
Oferta a pele e a língua areia lambe o tato.
E um súbito agitar esvoaça os alvos grãos
na ventania à faina agônica dos fatos.
Vai... Deslizando sobre as dunas da ilusão,
dourando o corpo ao sol marinho, todo grato...
E o atira, bruscamente, as ondas, águas-mãos,
a ventania à faina agônica dos fatos.
Ao vento e sol e areia à beira-mar deixado,
se integra a tudo ao seu redor e faz-se parte
do ameno que a ilusão compôs, à incrível arte.
Mas, novamente, o vento... Agora, edaz tornado!
E segue e gira, entregue aos riscos abissais,
em movimentos a contínuos espirais.