A preferida
Indiferente, em pé, a sós aguarda,
Altiva e petulante em cega espera
Que um banho em mel torrado venha e arda
Seu corpo luminoso, ah quem lhe dera!
Nos jogos ou janeiros, bares, quartas,
Futuro onipresente à priscas eras.
O tempo não é nada, é jovem e não tarda
E eterna é sua vida de paquera.
Sem inimigos, vive prazenteira
Fazendo festa ao dia, a noite inteira:
Marcante vai no bojo e na cintura...
Desperta, pois, paixões fugazes, dores,
Balança namorados, sons e amores
Com lúpulo, água, malte e levedura...