A preferida

Indiferente, em pé, a sós aguarda,

Altiva e petulante em cega espera

Que um banho em mel torrado venha e arda

Seu corpo luminoso, ah quem lhe dera!

Nos jogos ou janeiros, bares, quartas,

Futuro onipresente à priscas eras.

O tempo não é nada, é jovem e não tarda

E eterna é sua vida de paquera.

Sem inimigos, vive prazenteira

Fazendo festa ao dia, a noite inteira:

Marcante vai no bojo e na cintura...

Desperta, pois, paixões fugazes, dores,

Balança namorados, sons e amores

Com lúpulo, água, malte e levedura...

Pinguinho Neto
Enviado por Pinguinho Neto em 22/04/2020
Código do texto: T6925018
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