DOCE CLAUSURA
Assim prossegue o sol em seu intento
Alheio ao mar que exala ao seu fulgor
Alheio ao mundo, triste, a esmo, em dor
Perdido feito vela em forte vento.
Passeia a lua cheia neste evento
Alheia às vagas deste instante em flor
Maré feroz, voraz em seu furor
Quebrada a paz do cais em vão momento.
Momento deste mal que agora incide
De coisa sem noção que não elide
Um verso tão reverso, sem cesura.
Se isole, não namore, n'engravide
Não saia, nem passeie, não co(n)vid(e)
Pra festa nesta doce e vã clausura.