TODAS AS PESSOAS - singular terceira pessoa

singular terceira pessoa

O NARRADOR

O poeta à musa canta e encanta co'o cantar.

Na luz em seu olhar, dá ao canto arte e engenho...

Crepita pelo peito um abrasado lenho,

Enquanto sente o ardor da musa a lhe queimar.

A musa ao poeta conta aonde o amor vai dar.

Devendo a arte à verdade ainda mais empenho.

Ser personagem ou mais belo no seu desenho,

À vera é ser mentira, 'inda que bela ao olhar.

O poeta lança a flecha às vastas soledades,

Tentando haver a musa entre belas mentiras,

Para lhe afagar o ego a ver suas vaidades.

A musa torna a flecha e o faz arder em piras,

Ferindo-o, ela fez d'amor e o amador verdades,

Ao pôr o poeta a ouvir uns acordes de liras...

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