Cura
Transborde, olhos meus, para o infinito.
Fogo-fátuo é todo meu ser,
Pois a vida é um sopro, e viver
É estar rodeado de conflitos.
Límpido e belo é o meu espírito,
Pois existir não é sobreviver
E seleciono o que absorver
Para viver daquilo que acredito.
Refletir sobre nós é necessário.
Acostumei, então, com a loucura
De ter o pensamento puro e vário.
Não, não carrego marcas de amargura,
Pois quando pude me ver solitário
Encontrei em mim minha própria cura.