TEU ROSTO
Deliberei há muito apagar tua lembrança!
Das prendas que me deste e até o teu retrato
Tudo destruí, tudo que lembrava a aliança
Que fizemos, nos dois, um dia em doce trato!
E se restasse do segredo algo abstrato,
Um juramento eu fiz, então, na esperança
Que prometia ao coração o mais sensato:
-Exterminá-lo, para sempre, sem tardança!
Ledo engano... apenas ilusão de um momento!
É que achando ver tudo em fogo, descomposto,
Sem saber eu via começando outro tormento!
Ah! e que tormento enorme ! Que atroz desgosto!
Pois se nas chamas consegui o meu intento,
Na minha mente eternamente jaz teu rosto!
Deliberei há muito apagar tua lembrança!
Das prendas que me deste e até o teu retrato
Tudo destruí, tudo que lembrava a aliança
Que fizemos, nos dois, um dia em doce trato!
E se restasse do segredo algo abstrato,
Um juramento eu fiz, então, na esperança
Que prometia ao coração o mais sensato:
-Exterminá-lo, para sempre, sem tardança!
Ledo engano... apenas ilusão de um momento!
É que achando ver tudo em fogo, descomposto,
Sem saber eu via começando outro tormento!
Ah! e que tormento enorme ! Que atroz desgosto!
Pois se nas chamas consegui o meu intento,
Na minha mente eternamente jaz teu rosto!