PIEDADE...
Quando eu voltei, olhei, como quem olha
Pela janela do tempo, em campo aberto...
E a lágrima na alma num segundo molha
Já tudo por dentro! Trilhei o caminho certo?
Eis a dúvida cruel na minha pouca existência,
Olhai para mim, vós que fostes abençoados...
Peço pelos meus descaminhos a clemencia!
Que os anjos bons sejam a mim afeiçoados...
E tenhais das minhas lágrimas pura piedade!
Não as derramei em vão... Terrível saudade!
Na mais profunda dor de um abnegado amor.
Do alto da serra, pássaros no ninho, da flor...
O intenso desejo de amar ainda mais e mais!
É ilusão... O sofrimento não terminará jamais.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 29.12.2014
19h14min [Noite]
Estilo: Soneto