MINHA COMPANHIA DE QUARENTENA
Quero lhe apresentar o meu cachorro
Minha doce companhia de quarentena
Despedaçou o sofá, deixou sem forro
E quando fui matá_lo, saiu de cena
E com meus dedos seu pelo percorro
Gostando com a cauda o bicho acena
Enquanto o mundo além pede socorro
Penso que ter cachorro vale a pena
À meia-noite, solto no quintal
Meu companheiro perde_se em instantes
O vira-latas canta canta mais um au-au
O dono é sério, lê livros pesados
Que desajeitadamente põe na estante
Meu cão não tem, como eu, tantos passados