PLANTAR O BEM E NÃO COLHER DESDÉM

Pretende libertar-se das indistintas

e inúmeras pontinhas da consciência

que entraram na rotina de impaciência,

de medos e revoltas, máscaras, fintas.

Não mais acusações fará, julgamentos,

nem sórdidos bramidos, féis de arrogância,

que abriam-se à patética intolerância,

senhora má dos rudes, vis sentimentos.

Fará luzir, em si, o vivo brilhante,

que encontrará, depois de sábias renúncias;

assim, seguir sorrindo coisas do bem.

E até dirá o amor em várias pronúncias!

Só espera ter, porém, de agora em diante,

a consideração dos pares também.