INOCÊNCIA ROUBADA
Sobre fúlgidos rompantes de quimeras,
Atravessei por noites lânguidas, insone.
Por dentro de mim, um tremor dum ciclone;
Esmagando todas as flores das primaveras.
Meu céu de paraíso, abrirá num Crepúsculo,
Num solstício de Verão, acenderá pra mim.
Sob o teu calor, roçando minha pele marfim;
Aquecendo meu corpo, por via dum Oráculo
Não houve mais Lua iluminando as noites;
Repousou no céu, o manto da desilusão,
Meus sonhos, em pesadelos foram afoites.
Uma Menina com tua inocência roubada,
Tal como um anjo imaculado e maledicente
Perambula solitária sobre a Terra incubada.