INOCÊNCIA ROUBADA

Sobre fúlgidos rompantes de quimeras,

Atravessei por noites lânguidas, insone.

Por dentro de mim, um tremor dum ciclone;

Esmagando todas as flores das primaveras.

Meu céu de paraíso, abrirá num Crepúsculo,

Num solstício de Verão, acenderá pra mim.

Sob o teu calor, roçando minha pele marfim;

Aquecendo meu corpo, por via dum Oráculo

Não houve mais Lua iluminando as noites;

Repousou no céu, o manto da desilusão,

Meus sonhos, em pesadelos foram afoites.

Uma Menina com tua inocência roubada,

Tal como um anjo imaculado e maledicente

Perambula solitária sobre a Terra incubada.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 14/04/2020
Reeditado em 14/04/2020
Código do texto: T6916414
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